Pois é, O Globo de hoje mostra que, “coincidentemente”, a demora fez o caso prescrever. Escreve o bom repórter André de Souza:
O depoimento de Machado foi prestado
em 6 de maio de 2016. O pedido de investigação foi protocolado pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em 4 de outubro de 2016 no
Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo dia foi devolvido à
Procuradoria Geral da República (PGR), que se manifestou outra vez
apenas na última quinta-feira, pedindo seu arquivamento. Janot disse que
o crime de corrupção passiva para fatos ocorridos entre 1998 e 2000 só
poderia ser punido até 2016.
Aí está o resultado do “vai e volta” processual que acontece quando o acusado é o senador mineiro: impunidade.Já no Estadão pode-se ler que Aécio, com o apoio do Ministério Público, pediu a retirada dos trechos que o incriminam dos depoimentos dos dirigentes da Odebrecht.
“Não vêm ao caso”. Curioso que as vestais que foram atrás da cassação da chapa vencedora se revele pecadora igual, mas isso não importe num processo que é evidentemente político.
A Justiça brasileira parece ser especialista em encontrar boas razões jurídicas para praticar a desigualdade.
É a imoralidade, dentro da lei.
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